O livro The Realist, aborda a vida da fotógrafa Berenice Abbott

Ainda sem edição em português, este romance se baseia na vida da fotógrafa Berenice Abbott (1898 – 1991).

A autora, Sarah Coleman, pesquisou, por 8 anos, a vida de Abbott e nos oferece uma janela para a sua intimidade, começando por sua infância.

The Realist, por Sarah Coleman. Até o momento, sem edição em português.

Eu prefiro ler um capítulo de cada vez. Mas não se espante caso termine o livro em uma tacada só.

Conhecer um pouco da trajetória da fotógrafa, da vida real, ajuda a entender, desde o começo, aonde alguns de seus caminhos irão dar. Mas está longe de ser necessário.

Você pode ler apenas pelo prazer de ler, sem se importar com os fatos históricos. Apenas permita-se ser conduzida(o).

O romance é povoado, como não poderia deixar de ser, por personagens importantes (historicamente), como o escritor Malcolm Cowley e outros fotógrafos da envergadura de Berenice, como Man Ray, Eugene Atget etc.

Se você tiver interesse em Eugene Atget, sugiro dar uma olhada neste livro.

A autora

Como tantas outras mulheres talentosas, Sarah Coleman também colecionou “alguns nãos” para o seu trabalho.

Embora seu talento não tenha sido questionado por editores, foi aconselhada a mudar o rumo da narrativa. Felizmente, manteve a direção que escolheu. O livro foi concluído pouco antes de sua morte, por câncer do pulmão, em 2017, aos 52 anos.

Ela manteve, em vida, um blog muito popular sobre fotografia: The literate lens. Isso ajuda a entender como a autora tem tanta intimidade com o meio. Se o blog não estiver no ar, tente encontrá-lo no Web Archive.

O livro

Se você é fotógrafa(o) ou profissional liberal de qualquer outra área, vai perceber como algumas questões ainda não foram resolvidos, dos séculos anteriores.

– Sério? Não se preocupe, os comentários serão maravilhosos”

– Eu não posso, comer comentários.

The Realist, Sarah Coleman

A autora segue, intrépida, abordando todos aspectos da vida da protagonista: sua sexualidade, seus relacionamentos profissionais, as dificuldades que fotógrafas(os), desde sempre, têm para justificar e vender seu trabalho. E, quando você é uma mulher, as dificuldades assumem outras proporções.

A obra apresenta uma oportunidade, também, para termos uma visão da perspectiva de Berenice Abbott sobre a arte, na sua época — e um pouco sobre o seu pensamento acerca de seus contemporâneos.

Todos estes “assuntos sérios” são pano de fundo, que a autora usa para contextualizar e ambientar a narrativa sobre a vida e os amores de Berenice Abbott.

A minha crítica

O que há para se criticar (negativamente) em uma obra tão bem construída?! Talvez, o fato de não ter, ainda, tradução para o português.

Se você tem alguma dificuldade de leitura, em inglês, sugiro adquirir a sua cópia no formato digital, que facilita a tradução de trechos, parágrafos ou palavras.

Aonde comprei o meu: https://amzn.to/3AkNAvv.


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